domingo, 4 de janeiro de 2009

Desconhecido

Olá novamente!

Trago-lhes agora uma de minhas mais recentes crônicas:

Crônica
Desconhecido
"Estava eu numa daquelas movimentadas ruas do Leblon, no Rio de Janeiro. Era um dia nublado, e o bairro estava cheio de pessoas indo e vindo e muitos carros pelo asfalto.
Enquanto atravessava a rua, chamou a minha atenção um carro em particular, prata. Não posso lhe dizer qual era a marca ou o estilo ou o ano, pois nunca fui muito ligada a automóveis, mas o que prendeu meu olhar foi a pessoa no banco do carona.
Era um rapaz, jovem, não mais do que 15 ou 16 anos. Era bonito, com feições agradáveis de serem vistas, simpático até, à distância. Tinha os cabelos castanho-claro repicados, caindo-lhe até a altura do queixo, e usava uma blusa social branca. Parecia-me um daqueles garotos da zona sul que possui muitos amigos, mas que considera poucos como verdadeiros. Daqueles que se intimidam quando vêem uma garota, mas que persistem até o fim quando tomam uma decisão. Ao seu lado, no banco do motorista, estava um homem de óculos, que falava ao celular, seria ele seu parente?
Olhando-o por este breve instante me perguntei qual seria seu nome, quais seus hobbies, se ele gostava de ler, quais os filmes que apreciava assistir. Desejei até saber se algum dia poderíamos ser amigos. Tudo o que eu poderia dizer, seriam suposições, mas quem faz isso quando olha alguém totalmente desconhecido na rua?
Os escritores – pensei comigo mesma. Devo dizer-lhes que tudo o que é publicado hoje - seja em livros, jornais ou qualquer outro meio de leitura - provém de relatos de escritores. Relatos da vida deles, de coisas que imaginaram ou sonharam um dia, de assuntos corriqueiros do dia-a-dia que qualquer outra pessoa não prestaria a mínima atenção.
E eu soube que olhei o rapaz pois seus olhos castanhos me encararam, como se me analisassem. Enfim, observei-o pelo curto momento, supus o que pude, deixando minha imaginação ser instigada. Mas, eu nunca veria o desconhecido novamente."

Quando a escrevi surpreendi a mim mesma percebendo que de alguns poucos segundos pude tirar diversas conclusões.

3 comentários:

Unknown disse...

Vi querida, eu fiquei aguardando um outro final - tipo........... vcs acabaram se conhecendo. Q pena! Não foi. Vc, como autora, deu o final q quis e eu , como leitora, imaginei o final q seria mais romântico, já q assim eu sou. De qq forma, isso não importa. O q vale mesmo é q continuo e continuarei torcendo p/ daqui a alguns anos vc ser um membro da ABL. Sempre boa serte prá vc. Bj carinhosos

Samuel Horn disse...

Ótima crônica! Definitivamente você possui o dom de escrever. Um fã aqui você sabe que já conquistou faz tempo e continuando assim conquistará muitos mais =D!
Abraços,
SaMUca

Anônimo disse...

Adorei a crônica , muito bem escrita ! =)
Parabéns !
escritora top , de mão cheia ! haha =)
sou sua fã!
um beijo, Thaís

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