quinta-feira, 12 de julho de 2012

De nerd a super-herói: surge um jovem espetacular


Tirando a poeira do blog, renovando as postagens e meus escritos, lhes trago a resenha crítica do filme "O Espetacular Homem-Aranha". Tive a oportunidade de assisti-lo dia 02 de julho em uma cabine de imprensa. O filme estreou dia 06, e já está dando o que falar. Confere aí, e depois, corra aos cinemas, essa você não pode perder! 


De nerd a super-herói: surge um jovem espetacular 
Por Vitória Pratini


Todo mundo conhece a história do garoto que foi picado por uma aranha geneticamente alterada e ganhou superpoderes similares aos instintos de um aracnídeo. Sim, estamos falando do famoso Homem-Aranha, que depois de suas mais diversas origens em quadrinhos, recebeu uma nova adaptação que estreou nas telonas semana passada. É o quarto filme que aborda o tema, porém, nada tem a ver com a trilogia lançada de 2002 a 2007, que contava com Tobey Maguire como protagonista.
Comparado às versões anteriores, diga-se de passagem, “O Espetacular Homem-Aranha” veio para inovar. A história renova a origem do personagem, desta vez, mostrando um jovem Peter Parker genioso e curioso para descobrir o real motivo do desaparecimento de seus pais, disposto a fazer de tudo para consegui-lo.
Para tanto, ele procura o doutor Curt Connors, ex-parceiro de pesquisa de seu pai, que o mostra como a união genética entre duas espécies diferentes seria possível. Por ironia do destino, ele acaba se transformando no Lagarto, um dos maiores rivais do Aranha, que apresenta um papel importante no desenrolar da trama na pele de Rhys Ifans (Re-esse Evans), o colega de quarto de Hugh Grant em “Um lugar chamado Nothing Hill”.


Aos que vão aos cinemas esperando um romance, não irão se decepcionar, pois apesar de não haver Mary Jane – a tão conhecida esposa de Parker –, há Gwen Stacy, que nas revistas é conhecida como a primeira namorada do jovem.  Filha do comissário de polícia, Gwen é interpretada pela magnífica Emma Stone, que dá um show de carisma e entrega ao personagem, mais conhecida por seu papel no filme indicado ao Oscar, “Histórias Cruzadas”.
Já a atuação de Peter Parker fica por conta de Andrew Garfield, o queridinho Eduardo Saverin de A Rede Social, que dá vida ao Aranha com maestria. Emotividade, expressividade e muito bom humor são o que caracterizam a interpretação de Garfield, que nada mais é do que cativante nas telas.
Outros nomes como Sally Field, Martin Sheen e Denis Leary – e até mesmo a habitual participação “relâmpago” de Stan Lee - compõem o elenco de peso, trazendo a “O Espetacular Homem-Aranha” um toque de fidelidade aos quadrinhos, provocando risos e lágrimas nos expectadores e provando ser uma história que agradará tanto fãs quanto recém-chegados.
Além disso, o filme ganha o público com seu enredo envolvente e emocionante, coisa que não se vê facilmente em filmes de super-heróis. Em outro aspecto que a Marvel, distribuidora do filme, e o diretor Marc Webb se superaram foram os efeitos visuais. Impressionante é a primeira palavra que vem à mente quanto se trata de ver se o realmente espetacular Homem-Aranha se pendurando nos prédios de Nova York em um 3D válido de ser assistido. Resta saber se o Academy Awards considera que é digno de receber uma estatueta do Oscar.  E você, está pronto para ser capturado por essa teia?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Humanos e complexos


Seres humanos, seres complexos

Agimos pela razão e pela emoção. Somos ambíguos, incoerentes e insensatos, ao mesmo tempo em que buscamos tal sensatez, coerência e clareza no mundo à nossa volta, nos vemos à beira de um abismo que é a nossa imaginação. Somos todos poetas de nosso próprio subconsciente, o eu lírico de nosso próprio eu lírico, somos criativos, observadores longínquos daquilo que nos inspira, agimos pelo que existe e pelo o que pretendemos criar, mirabolamos planos, planejamos fugas de nós mesmos, enxergamos nosso exterior e interior com olhos completamente diferentes, buscamos o inatingível e também o que está ao alcance de um passo.

Somos tudo. Somos um todo, um completo e complexo ser. Somos um e muitos. Múltiplas personalidades em uma. Múltiplas atitudes praticadas por um único ser. Vários coelhos atingidos por uma mesma cajadada. Somos o cajado com o qual nos atingimos, e a toca que nos faz coelhos. Julgamos a nós mesmos, diariamente, e procuramos melhorar. Buscamos o sim, embora aceitemos o não. Perdoamos, somos perdoados, guardamos rancor, remoemos aquilo que foi dito inúmeras vezes até que tenhamos entendido por completo. Questionamos. Buscamos constantemente uma resposta para as tantas perguntas que nos fazemos todos os dias. Há dias em que sorrimos, contentes por não encontrá-las, enquanto há dias em que nos culpamos por não termos sido capazes de fazê-lo. Às vezes somos felizes, às vezes, melancólicos. Por vezes somos egoístas, e por outras, altruístas até demais. Muitas vezes, somos pacientes, exceto quando nos convém não ser. É nesse momento que a impaciência impera e demora a desaparecer. Somos tímidos, ou falantes, depende do ambiente, por vezes, um livro aberto, prontos para de tudo compartilhar, e por vezes, reservados, uma edição de capa dura, de difícil alcance. Há dias em que acertamos e outros em que erramos. Há dias em que nos sentimos socialmente desajustados, e outros em que abraçamos a possibilidade de sermos populares, em que queremos nos sentir os “relações públicas” da vez. Às vezes, somos espertos, manjados e engajados em assuntos dos mais diversos teores, e outras vezes, somos estúpidos e levamos um tempo para compreender nossa própria estupidez. E há, aquelas vezes em que mesmos espertos, agimos de forma estúpida, contraditória, desatenta. Nesse momento, estivemos aéreos, alheios às nossas próprias ações ou escolhemos não dar atenção à razão. É quando nos estranhamos e nos culpamos, nos sentimos aleatórios e sem propósito. É quando nos perguntamos “e se?”, refletimos, pensamos, até que o tempo passe, até que nossas atitudes remendem a si mesmas, e é aí que percebemos o quão fácil é prevenir e complicado, remediar.


Há dias em que rimos, há dias em que sorrimos e outros em que fechamos a cara para o mau tempo. Também há dias em que choramos de emoção, e há dias em que seguramos as lágrimas para que a tristeza não fique tão evidente. Dias em que o desapego é nosso lema, e dias em que só queremos um abraço que nos conforte. Dias em que o sol brilha para nós e dias em que encontramos nossa nuvem particular, que padece e permanece, até que achemos uma solução para um imediato problema dentre os muitos que carregamos de bagagem. Somos humanos, problemáticos, sensíveis, amáveis, odiosos, bondosos, críveis e incríveis, capazes de amar e de odiar ao mesmo tempo, de acertar e de errar com a mesma freqüência e facilidade, os seres mais fascinantes que a humanidade já viu. Seres que mesmo habitando lugares diferentes e tendo fisionomias distintas, na essência, agem como um.

Podemos, às vezes, nos contentar com pouco, ou quem sabe, podemos querer mais, muito mais, e testar o nosso potencial. Errar, frustrar-se, tentar de novo, e de novo, até conseguir. Ainda que chegar lá não seja o mais importante, pois o que interessa mesmo é o caminho e o aprendizado que cada um de nós tirará dos seus erros. E agregar esse conhecimento ao seu cotidiano, e interiorizar o que foi descoberto. E um dia, tentar alcançar um milésimo do que os realizados sentem. Aliás, somos seres tão difíceis que o difícil para nós é nos realizarmos completamente com algo que fizemos. Nos julgamos a todo momento para que um dia nossas atitudes mudem e façam de nós melhores indivíduos.

E sabe a quem pedimos ajuda? Aos amigos. Aqueles que nos aconselham e a quem aconselhamos, aqueles que mudam você e por você, aqueles cujas atitudes, falas ou falhas lhe fazem pessoas melhores, lhe fazem enxergar seu verdadeiro eu, sem choro nem vela, sem julgamento, sem remorso e, sempre, com um olhar compreensivo e um sorriso no rosto – mesmo que seja triste ou de desaprovação. Quem entrega a mágoa ao magoado, quem enxuga as lágrimas do sofredor e quem divide os sorrisos de felicidade a qualquer momento do dia ou da noite, quem lhe compreende, lhe entende e jamais lhe ofende, e quando o faz, é o primeiro a lhe fazer entender de que maneira você deve rever os seus conceitos, de que maneira deve transformar desaprovação em aprovação, de que forma um dos dois conseguirá perdoar ou ser perdoado, o que eventualmente acontecerá. É esse indivíduo que divide com você o que chamamos de amizade. Aquele que olha nos seus olhos e vê o que se passa em seu interior sem que você profira uma única palavra. Aquele com quem você não hesita em compartilhar os melhores e os piores momentos, aquele que você está disposto a ouvir e ajudar a qualquer momento, mesmo em uma madrugada qualquer. Não é a toa que dizem que amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito. Cultive os seus, pois os amigos são como seu jardim particular. Até porque os amigos são aquelas pessoas que sabem tudo sobre você, e ainda assim, gostam de você. E são seres fascinantes, não são? 

On line.




E quando você percebe que passou mais tempo online do que offline? 
Modernidade ou problema? 




Experimente ficar um tempo desconectado.

domingo, 28 de agosto de 2011

Dica aos fãs de carteirinha

Para a galera que curte um bom evento de anime e que é fã de tudo e mais um pouco, ou seja, os geeks de carteirinha. Ou mesmo nem tão fanáticos assim, que só querem conhecer um pouco mais sobre o gênero, tenho uma dica bem legal:

O evento de anime Anime Wings acontecerá no próximo domingo, dia 4 de setembro, na Unisuam de Bonsucesso. Lá você poderá ver estandes variados, com itens que todo fã gostaria de ter, exposição de fanzines, Animekê e outras atrações muito legais, que todos adoram ver em eventos.


Para mais informações e onde comprar ingresso adiantado, visite o site.

E o mais importante é que estarei lá para fazer uma pesquisa de elaboração de um documentário sobre culturas locais e como cada grupo se porta em diferentes locais, cujo tema principal do meu trabalho são eventos como esse. Tudo isso para a aula de Comunicação e Cultura da professora Cintia SanMartin Fernandes, na UERJ. Vai ser ótimo fazer essas análises na prática. Me acompanha?

domingo, 17 de julho de 2011

Conectado dia após dia

Ouço o que não quero escutar. Olho o que não desejo ver. Sei de tudo um pouco. Leio e fico a par de informações. Faço as de outros, palavras minhas. Ideias conjuntas, compartilhadas, repletas de pensamentos mútuos.
Vejo os demais, sei o que fazem, e invado a privacidade de quem é meu mero conhecido.
Conheço vidas e outras culturas. Exploro um mundo que não é meu. Atinjo o particular de cada um. Alguns amigos, outros apenas pessoas que conheci um dia.


Comumente me percebo perdida em pensamentos que não são meus, verbalizações virtuais e caminhos percorridos pelo desconhecido, memórias das quais nunca farei parte. Recordações estampadas em fotografias, em palavras, em vídeos que todos passam a compartilhar. Talvez eu acabe conhecendo-os, indiretamente, mais do que ouvindo falar, sabendo por terceiros, quartos e quintos. Aprendendo no caminho hábitos diferentes e modos de agir inspiradores.

Sou imersa em informações úteis e inúteis, sem poder distingui-las ou de forma produtiva, utilizá-las. O pensamento se torna real e este, tão claro, pronto para ser verbalizado, se torna um número ínfimo de caracteres em uma rede mundial.
Sou alvo de promessas e compartilho minha vida com quem devo e com quem não devo. Exponho-me. Sou vítima de sentimentos e conflitos alheios e aleatórios, que nada tem a ver com a minha vida. Perco-me.  Tento me encontrar. Assimilo. Procuro um refúgio e uma identificação através da tela.
Vejo imagens de momentos dos quais não presenciei. Noto as características dos outros, personalidades distintas e observo. Absorvo-as a mim, perdendo minha singularidade e unindo-me à massa. Não sou mais individual. Torno-me mais um.
Afirmo gostar de algo, sem mesmo saber do que realmente se trata (talvez sim, talvez não), só para que aquele momento em que avistei algo interessante fique marcado por data e hora.
Não é proposital, porém, sou intimada a participar, a apoiar causas que mal me atingem. O riso contagia e a lágrima comove. Os sentimentos não são mais escondidos, são divulgados à medida que a timidez é perdida. Ainda assim, não sinto o que os outros sentem. Procuro encontrar-me na multidão que se torna um, na hora em que o meio digital se apossa de seus sentidos. Dos alheios, fico alheia.

Tento ser eu mesma. Submirjo e compartilho. Estou online, conectada dia após dia. Faço parte.

Estas são as redes sociais. 
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