domingo, 23 de maio de 2010

Realidade distorcida.

Não sei o que foi dito, nem o que me disseram.
Fiquei alheio ao mundo e vivenciei a alienação.
Como pôde?

Em um momento, estava presente, de corpo, mente e alma.
E, de repente, nada mais me tocava.
Nem a luz, nem os sons, nem o perfume de quem estava a meu lado.
Meus sentidos haviam sido aguçados e, logo após, 
sem que eu pudesse perceber,
sem que eu pudesse ser acudido,
foram como que desligados.

Nada pude fazer.

Estava sozinho,
calado,
rodeado de pessoas,
de cheiros, vozes e imagens,
mas sem interação.
Privado de tudo aquilo que me fazia ser.

Despido totalmente de sentidos e de soluções,
vi-me à beira de um abismo no qual mergulhei de cabeça.

Felizmente,
minutos depois,
acordei.

Vi-me, então, no aconchego do lar
e tudo o que havia passado
não era nada mais, nada menos
que um sonho.

Conclusão II

Pensamentos são falas para si mesmo.
São palavras pessoais
E intransferíveis
De uma mente pensante
E filosófica
Que existe.
São citações nossas e de outros,
Das quais escolhemos
Compartilhar ou não.
É segredo,
É objeto
E é canção.




Depois de ficar bastante tempo sem postar (época de vestibular, imagino que vocês saibam como é), trago-lhes essa poesia, um tanto quanto filosófica sobre os pensamentos. Espero que tenham gostado. 
Resolvi pô-la aqui após ler na "Revista" do jornal "O Globo" deste domingo uma crônica da Martha Medeiros denominada "O que você está pensando?" na qual ela diz que "O pensamento é sagrado, o único território livre de patrulha, de julgamentos, de investigações. Área de recreação da loucura. Espaço aberto à imaginação. Paraíso inviolável."
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...