quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O que me falta?

Não sei se me falta criatividade, ou somente ânimo para pôr as ideias no papel.
Mesmo assim, um poeta quase sempre encontra inspiração em sua "falta de inspiração", ou, em nomes mais técnicos, o "bloqueio criativo".
Não que eu tenha chegado a tanto.
Bom, pelo menos, espero que não.
Mas foi somente algo que coube aqui e que gostaria de informar a meus leitores.
A inspiração vem de diferentes momentos, ideias, imagens e sons. Vem em formato de sonhos, de conversas, de paisagens e de, imagens novamente. Até mesmo o texto de alguém pode vir a inspirar outro alguém.
Às vezes parece que, se alguém está sorrindo, devemos sorrir também.
Se alguém está chorando, devemos derramar lágrimas também.
Se alguém escreve para que um leia, devemos escrever também para que muitos venham a ler.
É interessante como um incentiva o outro. Uma coisa leva à outra. A distância, dependendo, pode nos aproximar e a proximidade, não nos distancia, mas nos faz mais próximos uns dos outros.
"É a vida. (É bonita, e é bonita!)"

E é nesse momento que descubro que nada me falta. A felicidade é de quem a faz e a motivação não é passageira. Uns motivam os outros, mas se este um não estiver disposto a aceitar ajuda e motivação, nada acontecerá.
A vida continuará. As ideias não sairão da mente, e, posteriormente, do papel. E sorrisos não serão retribuídos facilmente.

Portanto, não se esqueça de sorrir.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre o papel


O papel se torna o diálogo de um quando o autor começa sua jornada. 
Não é um monólogo somente, pois, o escritor espera, um dia, resposta. 
Daquele que se fez seu companheiro por muito tempo. 
O papel
Não precisa ser branco, nem bege, nem mesmo ter consistencia de uma folha. 
O local de escrita. Ou melhor, objeto.
E enquanto aguarda, 
dialoga com um leitor, 
e continua, 
eternamente, 
na sua conversa solitária.
Individual.
De um.

Crônica: Meu eu

O vento batia em meus cabelos enquanto eu encarava o mar. Era pôr-do-sol e as poucas pessoas que haviam estado na areia da praia mais cedo, dirigiam-se ao calçadão. Algo incomum, achei, mas realmente não dei muita importância. O que eu pensava agora é que estava cansada.
O ano mal havia começado e eu já estava me lamentando de cansaço. Muitos comemorando, se divertindo, e eu lá, sozinha, com os pés enterrados na areia fofa. 
O que mais estaria acontecendo? Eu refletia.
O mundo mostrava-se a meu favor, fazendo-me feliz, apresentando-me novos amigos, e eu, cansada, sem dar esperança a tudo aquilo.
Fiquei feliz de estar tendo essa reflexão, pois toda aquela situação deveria mudar. Simplesmente, deveria.
Certamente, eu sabia que uma canção me faria feliz, um filme me emocionaria (desde que fosse daqueles bons) e palavras doces abririam um sorriso em meu rosto. Eu só deveria esperar e viver cada dia como se fosse o único!
Concreta de minha resolução, senti a maresia em minha pele uma última vez e caminhei de volta a civilização, fora do meu eu. Fui encontrar meus amigos no quiosque, sabendo que agora eles me ajudariam a ser mais feliz e que eu poderia, finalmente, escrever uma crônica sobre alguém refletindo sobre si na beira da praia. Pena que não teria tempo de descrever a paisagem.
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