domingo, 13 de março de 2011

O tempo é relativo

Outro dia, trocando umas ideias, me questionei "Será que sou a única pessoa que tenho muitos livros para ler e pouco tempo para fazê-lo?".

Aparentemente não.

O tempo para cada um é relativo e somos nós que organizamos nossas tarefas realizadas, porém, na modernidade, os períodos marcados pelo relógio parecem cada vez mais curtos e, inevitavelmente, usamos a desculpa da "falta de tempo".
As horas, os minutos e segundos passam muito rápido (a menos que você tenha que esperar sem distrações, nesse caso tudo é mais demorado e, digamos, desagradável.) e, quando percebemos, o dia já está no fim.

Enquanto isso, livros não param de ser publicados ou re-publicados em versões novas, mais bonitas, que são ideais para se ter na estante; livros em série, com seis ou sete volumes, estão na moda e, na maioria das vezes, são tão bons quanto qualquer outro; novas sugestões de leitura, sejam elas clássicas ou contemporâneas, não param de aparecer;  na internet surgem em profusão textos, artigos e resenhas interessantes para se ler; e o tempo? Bom, o tempo continua o mesmo. 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Nossa rotina corrida praticamente nos impede de organizar nossas atividades a fim de que possamos ler tudo que necessitamos e queremos e ainda assistamos todos os filmes e seriados que nos acrescentam um pouco mais de cultura.
Quanto aos filmes que são lançados, quem é cinéfilo, pelo menos, gostaria de poder assistir a todos. Porém, isso não é possível. E nas escolhas que fazemos, acabamos não vendo todos os que gostaríamos e nem todos os que realmente valham a pena. Muitas vezes perdemos tempo com uma película mediana, quando podíamos estar assistindo a um filme que concorreu ao Oscar, a algum que nos ensine algo ou aquele que é simplesmente fantástico, seja ele em termos de roteiro, efeitos especiais, atuação ou trilha sonora. Mas o tempo nem sempre permite.

Como administrá-lo melhor? Correr não é a melhor opção. Nem procurar conhecer só o que gostamos ou o que nos é familiar. Todo tipo de cultura é aceitável.
A melhor forma deveria ser aquela na qual pudessemos respirar fundo, planejar o que faremos e agir ou simplesmente fazer o que "der na telha" e curtir o momento.
Mas não é e logo nos vemos reclamando do tempo que é curto.
Em vez de reclamar dele, deveríamos aproveitá-lo.

Um comentário:

escritordanoite.blogspot.com disse...

É minha cara, o tempo é quem nos mata. Gostei do seu texto. Muito reflexivo!

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