À princípio, o filme pode parecer estranho aos olhos de quem assiste, quase como um documentário que conta a história de dois criadores de uma das maiores redes sociais no mundo e os mostra como os nerds anti-sociais que eles aparentam ser, confundindo os telespectadores leigos com sua fala ligeira e as mais mirabolantes fórmulas de computação. Porém, mais do que uma história verídica retratada, o longa-metragem aborda de forma leve e divertida a criação do Facebook, ensinando que há mais na vida do que ganância e dinheiro, e que as amizades são muito importantes, principalmente quando se está enfrentando um processo legal por sua criação.
Andrew Garfield e Jesse Eisenberg |
Ainda que não esteja explicito o motivo da criação do Facebook (originalmente chamado thefacebook), o roteiro e a organização das cenas instigam o expectador a considerar como motivos principais para fazê-lo a retribuição de um fora da namorada, manter outras pessoas em contato com os amigos ou querer integrar-se nos diversos grupos da universidade de Harvard. Nesse fato está centrado o grande porquê da trama, além do desejo por controle e poder, que, no filme, é incitado pelo personagem Sean Parker, criador do Napster (site de download de músicas), interpretado por Justin Timberlake.
A dinâmica das cenas foi muito bem elaborada, uma vez que o filme lida com dois períodos diferentes - a época da criação do site e aquela na qual Mark Zuckerberg enfrenta dois processos judiciais pelo Facebook - e poderia perfeitamente desnortear o expectador. Entretanto, funciona nas telas! É como uma narrativa em flashbacks na qual os personagens interagem entre si, relembrando e julgando seu passado, sem necessariamente apegar-se a ele.
Além disso, por diversos momentos o personagem principal aparece teclando, blogando ou hackeando redes, e quem assiste é “transportado" para essa realidade de computação que talvez nunca tenha ouvido falar, e nem chega a notar o quão desinteressante para os leigos poderiam ser as informações apresentadas.
Já a trilha sonora - que foi premiada no Golden Globes 2011 neste domingo -, por Trent Reznor and Atticus Ross, é o que dá vida à história e significado a cada cena, clamando pela atenção do telespectador e tornando a trama mais convidativa e até emocionante.
Certamente "A Rede Social" mereceu as premiações que recebeu no Golden Globes – em 16 de janeiro de 2011 – nas categorias: Melhor Diretor (Best Director - Motion Picture) para David Fincher, Melhor Roteiro (Best Screenplay - Motion Picture) para Aaron Sorkin, Melhor Música Original (Best Original Score - Motion Picture) por Trent Reznor and Atticus Ross, e Melhor Filme de Drama (Best Motion Picture – Drama).
É um filme que nos ajuda a ver o cotidiano de outra perspectiva e a perceber o quanto as redes sociais que utilizamos afetam nosso dia a dia.
Veja o trailer de "A Rede Social" ("The Social Network"):
É um filme que nos ajuda a ver o cotidiano de outra perspectiva e a perceber o quanto as redes sociais que utilizamos afetam nosso dia a dia.
Veja o trailer de "A Rede Social" ("The Social Network"):
2 comentários:
Ainda não assisti a esse filme. Não gosto do Facebook e confesso que meu interesse pela história de sua criação não me ocorreu. Mas vale a indicação. ;-)
Aposto que a Jane deve estar com o seu perfil agora, em 2012.
Estou certo Jane?
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