segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando se quer subir na vida e a internet facilita...

 

O filme "A Rede Social" ("The Social Network"), baseado no livro "Bilionários por Acaso: A Criação do Facebook", retrata a elaboração do site que transformou Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin nos bilionários mais jovens do mundo.

 À princípio, o filme pode parecer estranho aos olhos de quem assiste, quase como um documentário que conta a história de dois criadores de uma das maiores redes sociais no mundo e os mostra como os nerds anti-sociais que eles aparentam ser, confundindo os telespectadores leigos com sua fala ligeira e as mais mirabolantes fórmulas de computação. Porém, mais do que uma história verídica retratada, o longa-metragem aborda de forma leve e divertida a criação do Facebook, ensinando que há mais na vida do que ganância e dinheiro, e que as amizades são muito importantes, principalmente quando se está enfrentando um processo legal por sua criação.

Andrew Garfield e Jesse Eisenberg
Jesse Eisenberg e Andrew Garfield interpretam com maestria Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, mostrando o quão difícil pode ser manter uma amizade verdadeira em um mundo no qual o poder prevalece nas relações sociais e os nerds universitários ainda sofrem certo preconceito. São dois personagens tão similares, procurando ser reconhecidos socialmente, porém tão distintos, pois Mark não admite perder, errar, não se importava com os processos judiciais aos quais fora submetido e andava desleixado, vestindo, muitas vezes, chinelos e pijama; enquanto Eduardo – um brasileiro que mora há muitos anos nos Estados Unidos – vestia-se propriamente como um executivo, desejava principalmente integrar-se aos grupos universitários populares e, de forma segura e estável, ser bem sucedido profissionalmente.

Ainda que não esteja explicito o motivo da criação do Facebook (originalmente chamado thefacebook), o roteiro e a organização das cenas instigam o expectador a considerar como motivos principais para fazê-lo a retribuição de um fora da namorada, manter outras pessoas em contato com os amigos ou querer integrar-se nos diversos grupos da universidade de Harvard. Nesse fato está centrado o grande porquê da trama, além do desejo por controle e poder, que, no filme, é incitado pelo personagem Sean Parker, criador do Napster (site de download de músicas), interpretado por Justin Timberlake.

A dinâmica das cenas foi muito bem elaborada, uma vez que o filme lida com dois períodos diferentes - a época da criação do site e aquela na qual Mark Zuckerberg enfrenta dois processos judiciais pelo Facebook - e poderia perfeitamente desnortear o expectador. Entretanto, funciona nas telas! É como uma narrativa em flashbacks na qual os personagens interagem entre si, relembrando e julgando seu passado, sem necessariamente apegar-se a ele.
Além disso, por diversos momentos o personagem principal aparece teclando, blogando ou hackeando redes, e quem assiste é “transportado" para essa realidade de computação que talvez nunca tenha ouvido falar, e nem chega a notar o quão desinteressante para os leigos poderiam ser as informações apresentadas.

Já a trilha sonora - que foi premiada no Golden Globes 2011 neste domingo -, por Trent Reznor and Atticus Ross, é o que dá vida à história e significado a cada cena, clamando pela atenção do telespectador e tornando a trama mais convidativa e até emocionante.
Mark Zuckerberg, o criador original do Facebook
Certamente "A Rede Social" mereceu as premiações que recebeu no Golden Globes – em 16 de janeiro de 2011 – nas categorias: Melhor Diretor (Best Director - Motion Picture) para David Fincher, Melhor Roteiro (Best Screenplay - Motion Picture) para Aaron Sorkin, Melhor Música Original (Best Original Score - Motion Picture) por Trent Reznor and Atticus Ross, e Melhor Filme de Drama (Best Motion Picture – Drama).
É um filme que nos ajuda a ver o cotidiano de outra perspectiva e a perceber o quanto as redes sociais que utilizamos afetam nosso dia a dia.


Veja o trailer de "A Rede Social" ("The Social Network"):


2 comentários:

Jane C. disse...

Ainda não assisti a esse filme. Não gosto do Facebook e confesso que meu interesse pela história de sua criação não me ocorreu. Mas vale a indicação. ;-)

Anônimo disse...

Aposto que a Jane deve estar com o seu perfil agora, em 2012.
Estou certo Jane?

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