O mundo bruxo está em guerra, e, desta vez, a vantagem está ao lado do Lorde das Trevas e dos Comensais da Morte. Harry, mais maduro, tem a missão de procurar as Horcrux, fragmentos da alma de Voldemort e, para isso, precisa deixar para trás a tudo e a todos, seu lar e escola – Hogwarts – e aqueles a quem considera mais queridos. Como em toda guerra, há perdas, e o garoto, agora com dezessete anos, sente-se culpado pelos acontecimentos e confuso quanto às ordens que Dumbledore lhe deixou para concluir a tarefa.
Obviamente, seus mais fiéis amigos, Rony e Hermione o acompanham e é justamente aí que a tensão aumenta. Fugindo por serem procurados pelos Comensais, sem notícias da família e tendo pouco progresso em sua busca, a convivência a três se torna cansativa e conflituosa. O filme retrata esse fato muito bem, apesar de rapidamente - como a maioria dos episódios enfrentados por eles – explorando o psicológico não só das personagens, como também atingindo o expectador.
Como deixar de se emocionar nos momentos mais tocantes do filme, de exaltar-se quando uma personagem corre perigo ou celebrar uma vitória no percurso tão tenebroso de nossos heróis.
O ritmo é intenso, as cenas de tirar o fôlego e os efeitos especiais marcantes. Em um piscar de olhos, uma descoberta crucial para a busca do trio torna-se uma cena de ação quando surgem outros obstáculos a ultrapassar e vilões a enfrentar.
Comparado aos outros filmes, o roteiro está mais completo, melhor adaptado da história original e grande parte do longa é retratado fielmente. A licença cinematográfica traz uma pitada de tensão e humor, que se encaixam perfeitamente ao contexto. Certamente méritos do diretor David Yates que depois de "Ordem da Fênix" e "Enigma do Princípe" retorna ao comando da saga, desta vez mostrando aos fãs o que querem ver.
As atuações não deixam a desejar, principalmente do trio Daniel Radcliffe (Harry), Rupert Grint (Rony) e Emma Watson (Hermione), no qual a trama é centrada. Há destaque também para Ralph Fiennes, que de forma brilhante personificou Voldemort novamente, Jason Isaacs e Alan Rickman como Lucius Malfoy e Severo Snape, respectivamente, cujas aparições, apesar de curtas, foram marcantes; Bill Nighy como o Ministro da Magia e Rhys Ifans como Xenofílio Lovegood. Os elfos Dobby e Monstro (Kreacher), cuja presença no livro já tinha sido especial, no filme deram um toque divertido e até emocionante às telas.
Cada vez mais a jornada de Harry fica mais difícil, complexa e comovente, deixando um gostinho de quero mais para o próximo filme - que será lançado em julho de 2011 -, e, ainda, um aperto no peito por sabermos que em breve chegará ao fim a saga que marcou presença por uma década. Tenha sido em uma estante de livros, nos cinemas, em eventos ou nas amizades que fizemos por causa dela.
3 comentários:
Nossa, você vai ser uma grande jornalista , amei a resenha... me deixou com ansiedade e mais vontade ainda de assistir ao filme !
Este seu trecho é muito verdade, principalmente a parte das amizades: "Tenha sido em uma estante de livros, nos cinemas, em eventos ou nas amizades que fizemos por causa dela"
EU NAO VOU AGUENTAR ESPERAR ATÉ AMANHÃ!
hahaha, beijos Thaís
Bacana! e gostei do visual estilo Londres! (:
Eu tenho problemas com essa coisa de "O início do fim",sabe...Parece que quando chegar o The end no fim do próximo filme,o mundo Potteriano vai acabar.E não vai!Sempre vai estar por aí,nas lembranças de quem construiu amizades,viveu aventuras e alegrias por causa de nossos queridos bruxos.
Anyway,o filme está maravilhoso!Eu vi três vezes e quero ver mais!Achei perfeito!
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