terça-feira, 14 de junho de 2011

Um Maroon 5 cada vez mais ousado e romântico

Falar de romance e de pop rock na atualidade é citar Maroon 5. A banda que vem conquistando fãs no mundo todo desde 2002, no disco “Hands All Over” revolucionou seu modo de fazer canções, mesclando desde groove, até funk e country. De uma maneira mais ousada, quase sensual e sem perder o típico romantismo dos álbuns anteriores, Adam Levine e companhia cativaram o público novamente.

Com os tradicionais temas amorosos e uma pitada de sex appeal, o disco “Hands All Over”, lançado no ano de 2010, representa desde a aceitação até a rejeição do amor, decepções, conquistas inacabadas, o querer estar junto, a paixão iminente e a estupefação do que é descobrir uma traição e o fim de uma relação, tudo isso com uma abordagem musical mais animada.

Em geral, a montagem do disco indica as fases de um relacionamento e, de uma forma mais picante – visto, inclusive, na imagem de capa do álbum -, traz músicas comerciais de refrão memorável, um tanto quanto piegas e uma das especialidades da banda, como “Misery” e “Never Gonna Leave This Bed”, que lembram bastante as faixas do primeiro disco de Maroon 5, “Songs About Jane”. Destacam-se, também, as versões acústicas destas. Podem ser ouvidas, ainda, canções ótimas por completo, cujos instrumentos igualam-se à letra melódica e ao vocal em termos de sonoridade. Por exemplo, “Hands All Over”, que nomeia o disco, e “Get Back in My Life”, são bem mais ousadas que as demais. Entre as mais lentas, há “Curtain Call”, “How” e “Out of goodbyes”, bem romântica, feita em parceria com a banda country Lady Antebellum, que, apesar de boas canções, deixam um pouco a desejar quando se vê o conjunto total do álbum. A bônus-track “Last Chance” e “Give a Little More” são duas dos achados do disco.

Ainda que misture diversos gêneros e gostos musicais, as baladinhas têm tudo para agradar aos fãs de pop romântico e angariar uma legião de ouvintes ainda maior.

A fuga da banda de Sir Paul McCartney

Sucesso de vendas e alvo de críticas elogiosas entre os anos 1973 e 1974, “Band on the Run” foi o álbum que marcou a carreira de Paul McCartney com a banda Wings, evidenciando que o ex-beatle podia fazer músicas maravilhosas sem a parceria de John Lennon.
Com uma sonoridade sem igual, é um senhor disco, sem clichês.

Como foi elaborado inicialmente, o álbum descreve a viagem de uma banda que quer se libertar e o fará a qualquer oportunidade, sem deixar de lado o sentimentalismo, presente em uma mistura de sons e sensações que só o ouvinte atento pode experimentar.


O apanhado de canções é como uma montanha-russa, com seus altos baixos, que se inicia com a música-título “Band on the Run”, passando por “Jet” e “Mrs.Vandebilt”, cujas intensidades e correria denotam a trajetória de fuga. “Bluebirds” vem para amenizar a situação e mostrar que músicos também amam, de forma que a melodia flui como se os sentimentos fossem pequenos sinos tocando dentro do próprio ser. Uma experiência similar ocorre em “Let me roll it”, na qual a paixão é evidenciada pelas batidas rítmicas de um coração.


O efeito de colagem e releitura das demais faixas que compõem o disco ocorre em “Picasso's Last Words (Drink To Me)” e “Nineteen Hundred And Eight Five”, marcada por agonia, agitação e desejo. A adrenalina de “Helen Wheels”, que não estava na montagem original do disco, traz a tona todo o ideal de “aproveitar a viagem”, sem arrependimentos ou receios. Já “Mamunia”, “No Words” e a faixa-bônus “Country Dreamer” denotam a ingenuidade da paixão, a beleza do platônico, e sua simplicidade do fazer acontecer. Elas fluem de forma natural e melodiosa, contrastando bem com as faixas mais agitadas, em um estilo bem “Beatle”.

O álbum mescla, ainda, agitação e calmaria com tal maestria que, em parte, justifica o fato sermos beatlemaníacos. É indispensável para qualquer fã de sir Paul ouvir “Band on the Run”. 

Cheguei à conclusão de que não escrevo para viver,
vivo para escrever.

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